Quando 2 ou 3 estiverem reunidos em meu nome…. para que mesmo? “Rápida” exegese de Mt 18:15~20

Introdução

Quem já não ouviu falar, geralmente dos nossos pregadores, que “Deus está presente onde estiverem pelo menos dois ou três reunidos”? Já escutei muito essa frase dita, principalmente, quando está faltando gente para começar o culto (fazendo uma mea culpa , talvez eu já tenha me utilizado dessa frase também). Esse é um daqueles textos mal-interpretados que, quando paramos para ler com atenção, o seu sentido muda completamente daquilo que estamos acostumados a entender. Será que o texto está falando da presença de Deus em meio à reunião dos irmãos simplesmente, ou há algo a mais?

E aquele versículo que diz que supostamente “Deus concederia tudo que fosse ligado por nós aqui na terra”? Será que isso abre espaço, para que, de acordo com alguns, possamos exercer nosso poder como filhos exigindo alguma demanda junto ao Pai? Certamente já ouvi muita coisa assim… Vamos fazer uma viagem pela primeira parte do capítulo 18, explorando o contexto e aprofundando na análise do texto propriamente dito para ver se realmente esses pressupostos tidos como “verdadeiros” são de fato plausíveis de acordo com um exame mais minucioso desse texto.

Esse pequeno “comentário” é fruto de um clube “clandestino” de exegese!! (risos!!). Aos meus irmãos clandestinos, dedico esse texto!

Contexto

No capítulo 18, Mateus nos relata uma série de discursos de Jesus acerca do tratamento interpessoal dentro da comunidade dos discípulos, ou em sentido mais estrito e atual, dentro da comunidade local dos irmãos. Nessa comunidade, as lógicas empregadas do mundo são totalmente invertidas: o maior é o considerado menor e o perdão é a solução definitiva para todos os conflitos interpessoais que podem ocorrer dentro desse povo de Deus.

Dos versículos 1 a 6, vemos Jesus responder à pergunta levantada pelos próprios discípulos: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” (Mt 18:1b). Jesus coloca uma criança no meio deles e diz que aquele que se torna humilde como a criança entrará no Reino. É interessante que Jesus não responde diretamente à pergunta dos seus discípulos. Antes, ele expõe um modelo de “práxis relacional”: quando recebemos esses “pequeninos”, nos tornamos humildes habilitados à entrada no Reino. Entretanto, para quem faz tropeçar esses “pequeninos”, o destino é o “fogo eterno”.

Em seguida, Jesus conta uma das suas mais famosas parábolas: a Ovelha Perdida, mostrando aos seus discípulos que mesmo Deus, o Pai, se importa até mesmo com o “pequenino” perdido para trazê-lo de volta ao convívio dos demais, deixando, momentaneamente as suas 99 ovelhas: “o Pai de vocês, que está nos céus, não quer que nenhum destes pequeninos se perca” (Mt 18:14).

O trecho dos versículos 15~20 é de suma importância pois apresenta, de maneira prática, como a comunidade dos discípulos deve tratar um “irmão” que tenha ofendido, ou pecado, contra alguém da própria comunidade. A grande preocupação do texto está no processo de convencimento dentro da qual o “ofendedor” é posto, a fim de que entenda a sua situação de falta com o irmão e com Deus. Toda a tradição testemunhal da Torá é trazida: da conversa particular até a persuasão pública, diante da comunidade. Entretanto, como há sempre a possibilidade do pecador não se arrepender, Jesus ensina os seus discípulos a questão do ostracismo disciplinar (cf. vr. 17). Rienecker ressalta que esse trecho nos apresenta “as instâncias corretas que devemos percorrer na comunidade” (1) quando o assunto é disciplina.

Qual é o poder que a comunidade do Reino, dos discípulos de Jesus detêm? A decisão dessa comunidade  deve refletir a vontade de Jesus. Dentro dessa análise, um discípulo de Cristo nunca é concebido fora de sua própria comunidade. Essa comunidade que tem o “poder” de perdoá-lo diante da manifestação de arrependimento, ou de condena-lo a algum tipo de ostracismo. A comunidade onde Cristo se faz presente e onde sua vontade é refletida no julgamento dessa comunidade é o padrão desejável para as deliberações sobre assuntos tão incômodos como a eventual punição de alguém pertencente ao próprio grupo de irmãos.

É a partir desse ponto que Mateus relata a parábola do Servo Impiedoso, uma estória contada por Jesus diante do questionamento de Pedro: “Até quantas vezes devemos perdoar o irmão”. Embora o Servo Impiedoso tenha sido perdoado pelo rei de uma grande dívida, não teve a capacidade de transmitir a mesma graça a um conhecido que devia infinitamente menos do que a sua própria dívida. Se o relato prático dos vrs. 15~20 trata de um “ofendedor” impenitente, a parábola do Servo Impiedoso expõe a outra faceta da moeda, onde o “ofendido” não tem a capacidade de perdoar o “ofendedor”.

Basicamente, no capítulo 18 de Mateus temos vários ensinamentos de Jesus a respeito da vida comunitária e de como o pecado deve ser lidado dentro desse grupo. É dentro desse conceito que vamos explorar mais os versículos 15~20, com a questão da presença de Jesus no meio de “dois ou três”.

Análise do texto grego.

15 Ἐὰν δὲ ἁµαρτήσῃ [εἰς σὲ] (2) ὁ ἀδελφός σου, ὕπαγε ἔλεγξον αὐτὸν µεταξὺ σοῦ καὶ αὐτοῦ µόνου. ἐάν σου ἀκούσῃ, ἐκέρδησας τὸν ἀδελφόν σου·

Mas se o seu irmão pecar contra você, vá e mostre-lhe o erro a sós. Se ele te ouvir, você ganhou o teu irmão.

A primeira pergunta que surge a essa altura é a seguinte: de que tipo de disciplina Jesus está ensinando aos seus discípulos? Será que é algo meramente punitivo? Ou há um objetivo claro de uma restauração?

Jesus dirige-se de maneira direta aos seus discípulos. O uso de ἀδελφός indica que Jesus ainda está expondo acerca da questão relacional dentro do seu Reino seguindo a seqüência do capítulo 18. Diante de um caso onde um irmão ofende o outro, quem é o agente primário dessa disciplina? Dependendo da presença ou não da expressão εἰς σὲ (contra ti), podemos ter o sentido de que o próprio ofendido vai ao encontro do ofendedor (nesse sentido vão a NVI, ARA e ARC, que pressupõe a presença de εἰς σὲ no texto), ou de que qualquer um que tenha ciência da culpa do outro vá ao encontro do ofendedor para conversar com ele, instruindo (nesse sentido, BJ e Rienecker ressaltam a ausência de εἰς σὲ nos melhores manuscritos).

O uso do verbo ἐλέγνω, palavra que no Evangelho de Mateus ocorre somente aqui, sugere que o ato de “trazer à tona” e de “expor” a ofensa, o pecado do irmão, e tem como objetivo não apenas o simples fato de mostrar-lhe o erro, mas também de conduzir o “ofendedor” ao arrependimento.  Segundo Carson, é um exercício de convencimento. Como Buchsel aponta, uma “disciplina educativa” (3). Esse processo pedagógico, que já era uma prática dentro da tradição da Torá (cf. Lv 19:17), começa no encontro a sós entre o ofendedor e o ofendido. Essa atitude tempestiva e direta pouparia a difusão desnecessária desse conflito no conhecimento de toda a comunidade (4): é o primeiro passo apresentado por Jesus. Se essa primeira etapa fosse bem sucedida, ou seja, se o ofendido pudesse convencer o ofendedor de seus erros e conduzi-lo ao arrependimento, ele ganharia esse irmão, ou seja, o ofendedor seria restaurado, tanto em termos relacionais, como também diante de Deus, pois esse pecado ser-lhe-ia perdoado.

16 ἐὰν δὲ µὴ ἀκούσῃ, παράλαβε µετὰ σοῦ ἔτι ἕνα ἢ δύο, ἵνα ἐπὶ στόµατος δύο µαρτύρων ἢ τριῶν σταθῇ πᾶν ῥῆµα·

Mas se ele não te ouvir, leve com você uma ou duas pessoas, para que pela  boca de duas ou três testemunhas se confirme toda palavra (acusação).

Jesus leva em consideração a hipótese da primeira etapa pode não ter êxito. Nesse momento o problema deixa de ser algo restrito à relação ofendedor-ofendido e passa a envolver as figuras das testemunhas (membros da comunidade, líderes). O uso jurídico dessas figuras já era garantida na Torá. Mateus faz uma citação resumida de Dt 17:6:

 Mt 18:16: “ (…) ἵνα ἐπὶ στόµατος δύο µαρτύρων ἢ τριῶν σταθῇ πᾶν ῥῆµα”.

Dt 19:15 (LXX): “(…) ἐπὶ στόματος δύο μαρτύρων καὶ ἐπὶ στόματος τρίῶν μαρτύρων σταθέσεται πᾶν ῥῆμα”.

Aquilo que Deuteronônimo enxerga como um caso de resolução de conflitos interpessoais dentro do mundo secular normal não necessariamente religioso, Jesus estabelece como um procedimento para dentro de sua própria comunidade de seguidores (5).

De acordo com Rienecker, “a recomendação de incluir uma ou duas testemunhas não apenas deve aumentar a autoridade da advertência, mas também deve servir para esclarecer os fatos que a pessoa eventualmente negue ou distorça” (6). O apelo implícito é para que o ofendido e essas testemunhas possam, mais uma vez, persuadir o ofendedor a analisar seu erro e, por fim, conduzir o ofendedor ao arrependendimento, para que a sua condição dentro da comunidade do Reino seja restabelecida.

17 ἐὰν δὲ παρακούσῃ αὐτῶν, εἰπὲ τῇ ἐκκλησίᾳ· ἐὰν δὲ καὶ τῆς ἐκκλησίας παρακούσῃ, ἔστω σοι ὥσπερ ὁ ἐθνικὸς καὶ ὁ τελώνης.

Mas se ele recusar-se a ouvi-los, conte isso à igreja. Mas se ele também não ouvir à igreja, considere-o como gentio e publicano.

A última instância, para o caso que nem a presença persuasiva das testemunhas tenha surtido efeito, é a comunidade inteira. O uso do verbo παρακοῦω indica uma forte resistência proposital em não dar ouvidos aos apelos persuasivos dos envolvidos. A esse ponto, só resta levar o caso ao conhecimento da ἐκκλησία, “a igreja local” (7). A comunidade então assumiria o papel último a tentar convencer o ofendedor a respeito dos seus pecados tendo em vista o seu arrependimento.

Jesus leva o caso até as últimas conseqüências: e se mesmo assim, o irmão-ofendedor recusar-se a dar atenção à disciplina da comunidade? A única saída é o seu ostracismo, ou seja, quando a comunidade não mais considera-o como irmão, mas como gentio e publicano (ὁ ἐθνικὸς καὶ ὁ τελώνης). Essas duas classes eram alvo do ostracismo velado e explícito dos  judeus. De acordo com Hagner, o ostracismo não é apenas um ato de expeli-lo da comunidade, mas também de categoriza-lo como “gente da pior espécie” (8). Entretanto, essa excomungação não tem o objetivo na destruição derradeira da pessoa, bem como sua condenação peremptória. A chance do arrependimento continua, uma vez que Jesus também  buscou os gentios e publicanos conduzindo-os ao arrependimento (o caso do próprio Mateus que é autor desse Evangelho).

Entretanto, Carson apresenta uma visão diferente. Para ele, “é uma exegese pobre considerar que essas pessoas sejam tratadas compassivamente. O argumento e os paralelos no Novo Testamento (Rm 16:17, 2Ts 3:14) indicam que Jesus tinha a excomungação em mente” (9).

18 Ἀµὴν λέγω ὑµῖν, ὅσα ἐὰν δήσητε ἐπὶ τῆς γῆς ἔσται δεδεµένα ἐν οὐρανῷ καὶ ὅσα ἐὰν λύσητε ἐπὶ τῆς γῆς ἔσται λελυµένα ἐν οὐρανῷ.

Digo-lhes a verdade: Tudo o que vocês ligarem na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que vocês desligarem na terra terá sido desligado nos céu.

É a segunda vez que Mateus usa a terminologia “ligar” e “desligar”. Em 16:19, Mateus relata a fala de Jesus dirigida a Pedro: “Eu lhes darei as chaves do Reino dos céus; o que você ligar na terra terá sido ligado nos céus, e o que você desligar na terra terá sido desligado nos céus”. Entretanto esse poder é conferido à comunidade no que tange a “disciplina na igreja” (10) desde que essa comunidade faça valer a presença de Cristo em seu meio, obedecendo-O e submetendo-se à Sua Vontade.

Embora os verbos no perfeito δεδεµένα e λελυµένα possam ser traduzidos como “será desligado… será ligado” tal tradução incorreria no erro de conferir à comunidade um poder muito maior do que ela fato tenha. Assim, a tradução no futuro do pretérito no português da NVI “terá sido desligado… terá sido ligado” faz mais sentido, estabelecendo a vontade divina à priore da decisão da igreja. Ao ligarmos aqui na terra, de acordo com Kirschner (14), estaremos nos afinando com a soberania de Deus. A comunidade dos cristãos não tem controle sobre a vontade divina.

19Πάλιν [ἀμὴν] (11) λέγω ὑµῖν ὅτι ἐὰν δύο συµφωνήσωσιν ἐξ ὑµῶν ἐπὶ τῆς γῆς περὶ παντὸς πράγµατος οὗ ἐὰν αἰτήσωνται, γενήσεται αὐτοῖς παρὰ τοῦ πατρός µου τοῦ ἐν οὐρανοῖς.

Também (em verdade) digo a vocês: Se dois concordarem sobre qualquer coisa que pedirem isso será feito a vocês pelo meu Pai que está nos céus.

Pelo uso de Πάλιν, Jesus ratifica mais uma vez esse ensinamento. Em se tratando de qualquer assunto (παντὸς πράγµατος), a vontade de Deus é ecoada através do testemunho verdadeiro das testemunhas e também da comunidade. Hagner diz que: “o que os discípulos concordarem na terra em assuntos disciplinares da igreja pode ser considerado como também sendo a vontade dos céus” (12). Claro que isso só se torna realidade, quando essa comunidade está alinhada à soberania divina.

20 οὗ γάρ εἰσιν δύο ἢ τρεῖς συνηγµένοι εἰς τὸ ἐµὸν ὄνοµα, ἐκεῖ εἰµι ἐν µέσῳ αὐτῶν.

Pois onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali eu estarei no meio deles.

Esse versículo deve ser entendido dentro do contexto daquilo que está sendo proposto por Jesus, a saber, a disciplina dentro da comunidade do Reino de Deus, a igreja. Não é uma promessa divina concernente à respostas de orações nem tão pouco sobre a presença de Cristo no culto cristão. Jesus diz enfaticamente que Ele estaria presente no meio de dois ou três que se reunissem para deliberar acerca de assuntos disciplinares, em outras palavras, essas testemunhas e a comunidade estariam sob as ordens de Jesus. A decisão da comunidade é o eco do alinhamento com a vontade divina. Não se trata de uma concessão divina para decisão da comunidade, mas à conformação daquilo que o céu já decidiu por meio do nome de Jesus. A ruptura do céu e a terra provocada pelo pecado é reunida por Jesus também em questões de cunho disciplinar dentro da comunidade, a igreja local.

Hagner salienta, por fim, que essa presença não deve ser entendida como uma presença metafórica, mas da presença real do Cristo ressurreto. Essa “presença” encontra paralelo com os ensinamentos rabínicos que diziam que a “shekinah” de Deus estaria presente quando dois se reunissem para estudar a Torá (13). Jesus é a presença de Deus real no meio de Sua comunidade em todos os momentos, até para esse mais desagradáveis relacionados à disciplina de um irmão.

Conclusão

A comunidade de Jesus deve lidar com a questão da disciplina de maneira a replicar dentro de si a vontade de Deus que deve ser estabelecida na terra assim como é nos céus. A presença de Jesus no meio da decisão da comunidade, particularmente acerca da disciplina, é o elo de ligação entre a realidade espiritual-celestial e a terreno-física. A questão de ligar na terra não deve ser compreendido como um ato inicial, mas sim, de uma resposta àquilo que já foi estabelecido nos céus como vontade divina. À luz disso, não temos base, de acordo com o texto, de reivindicarmos nada diante de Deus com o pretexto de “termos ligado essa nossa vontade na terra para que seja ligada nos céus”: o que o texto sugere é exatamente o oposto.

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Notas Bibliográficas

RIENECKER, Fritz. Evangelho de Mateus. Comentário Esperança. Esperança, Curitiba, 1998, pág. 317.

2 Cf. Metzger, o uso de εἰς σὲ pode ser uma interpolação ao texto original feito pelos copistas em virtude do uso de εἰς ἐμέ  no vr. 21. Há também manuscritos que omitem a expressão. Vide in METZGER, Bruce M., A Textual Commentary on the Greek New Testament, 2a. Edição, Deutsche Bibelgesellschaft e UBS, Sttutgart, 2007, pág. 36. Manuscritos importantes como o Vaticano (B) e o Sinaítico (א) omitem εἰς σὲ. Vide in RIENECKER, Fritz. Evangelho de Mateus. Comentário Esperança. Esperança, Curitiba, 1998, pág. 317.

3 Cf. TDNT, verbete ἐλέγνω.

4 HAGNER, Donald A., Matthew 14~28, WBC, Thomas Nelson, 1995, pág. 531.

5 CARSON, D. A., Matthew, Mark, Luke. The Expositor’s Bible Commentary, Vl. 8, Zondervan, Michigan, 2006, pág. 402.

6 RIENECKER, Fritz. Evangelho de Mateus. Comentário Esperança. Esperança, Curitiba, 1998, pág. 317.

7 HAGNER, Donald A., Matthew 14~28, WBC, Thomas Nelson, 1995, pág. 532.

8 Ibid. pág. 532

9 CARSON, D. A., Matthew, Mark, Luke. The Expositor’s Bible Commentary, Vl. 8, Zondervan, Michigan, 2006, pág. 402.

10  HAGNER, Donald A., Matthew 14~28, WBC, Thomas Nelson, 1995, pág. 532.

11 A versão da UBS e a Nestle-Alland acrescentam ἀμὴν precedido do λέγω. Cf. Metzger, não há consenso no uso ou não. Alguns manuscritos a suprimiram considerando redundante devido uso no versículo anterior. Vide in METZGER, Bruce M., A Textual Commentary on the Greek New Testament, 2a. Edição, Deutsche Bibelgesellschaft e UBS, Sttutgart, 2007, pág. 37

12 HAGNER, Donald A., Matthew 14~28, WBC, Thomas Nelson, 1995, pág. 533.

13 Ibid, pág. 533. Também in TASKER, R. V. G., Mateus. Introdução e Comentário. Série Cultura Bíblica, Vida Nova, São Paulo, 2008, pág. 141.

14 Kirschner, Estevam. Anotações de aula.